segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Skate or die!

Nesse final de semana fui assistir ao espetacular Vida Sobre Rodas, um documentário sobre a história do skate no Brasil, pegando principalmente os últimos 20 anos da modalidade.

O filme traz de volta os anos 80, na textura dos vídeos VHS e na trilha sonora que acompanham algumas cenas. Mas a melhor parte do Vida Sobre Rodas é mesmo rever a nossa história.

O Brasil passa de Zé Ninguém no mundo do skate para um papel de protagonista, principalmente com a atuação de Bob Burnquist.

Além de Bob, o documentário destaca outros skatistas, como Sandro Dias - o Mineirinho , Lincoln Ueda - o Japonês Voador (esse eu vi ao vivo) e Cristiano Mateus.




Assistir ao filme foi uma viagem no tempo. Lembrei da febre que foi na época. Como não dava pra comprar, meu avô teve que construir um skate pra mim: shape feito de uma madeira qualquer, rodinhas de uma máquina de lavar ou geladeira, pintura por minha conta. (Depois acabei ganhando um skate bacana do meu pai.)

Não importava o skate, mas sim fazer parte do movimento. Para se ter uma idéia, basta dar uma olhada no Grito da Rua, programa que retratava o cenário do skate na época, e que faz parte do documentário. Esse episódio foi gravado no bairro onde eu morava (não apareço no vídeo, pois eu era muito prego):




Skate não é crime?
Você se lembra dessa frase? E você se lembra que Jânio Quadros chegou a proibir a prática do skate na cidade de São Paulo?

Os skates chegaram a ser confiscados pelo governo. E os skatistas precisavam fugir da polícia. 

Pirataria não é crime?
Um fato curioso que é retratado no filme: marcas estrangeiras eram copiadas aqui no Brasil. Modelos de tênis eram copiados, marcas eram copiadas - as mesmas que apareciam nas revistas gringas sobre o assunto. Isso mostra a importância da marca, mesmo num ambiente de revolução e contestação.


Crime é não assistir

Poderia ficar horas aqui falando do filme, mas estragaria um pouco da surpresa. Mas se você algum dia andou de skate (ou queria ter andado), é um dever ir ao cinema!



4 comentários:

  1. Muito bom! Deu vontade de assistir!
    Adoro filmes/documentários que retratam esses "movimentos urbanos"de São Paulo e mostram o cenário cultural de uma época.
    Bjs

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  2. A parte do parque? Foi gravado no Boaçava, sabe? Uma praça que fica paralela ao Ilha do Sul. A parte que a molecada desce a rua é mais ali para Vila Ida.

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  3. nossa é muito bom conhecer a historia do skate no brasil e melhor ainda é saber que meu pai faz isso acontecer junto com outras pessoas como o Yndio, Pari conhecido como Meia, e outros mais, meu pai era o dono da famosa marca de nos anos 80, a ATAQUE EPILÉPTICO, que fabicavam shapes e armavam campeonatos, é uma honra e um orgulho pra mim saber que meu pai foi um dos percusores do skate brasileiro...

    SKATE OR DIE!
    skate punk pra todos flow

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