terça-feira, 5 de outubro de 2010

Tiririca ganharia Cannes?

Ok. Bem que eu tentei, mas não consegui me esquivar de escrever sobre política. Não é essa a intenção do blog, mas acho que encontrei um ângulo interessante.

A forma com que elegemos nossos representantes está errada. Hoje, é tudo baseado na imagem e não nas idéias. Pense nos formatos: alguns segundos na TV, santinhos, adesivos, etc. 
 
Coloque-se no papel de um líder de partido, que precisa conseguir muitos votos mesmo com essa limitação toda. O que você faria? Talvez o que a propaganda ensinou: usar celebridades. De saída você já ganha notoriedade, alguma simpatia e, possivelmente, muitos votos.

Apresentar um candidato sério, com ideologia e propostas reais é muito trabalhoso. E você ainda arrisca perder votos, pois hoje falta às pessoas a noção de todo, de conjunto. “Ah, ele não vai fazer nada pela minha região, então não quero”.



Por isso é mais fácil usar aquela conversa fiada de sempre: falar que vai investir em segurança, transporte, saúde, emprego, alimentação, moradia, meio ambiente, educação, etc.. Afinal, todo mundo quer essas coisas (mesmo não existindo dinheiro para fazer tudo ao mesmo tempo).

No meu governo
Li esses dias uma reportagem da revista Superinteressante sobre organizações que oferecem dinheiro para quem tiver a melhor idéia. O problema a ser resolvido é, por exemplo, encontrar uma forma mais eficiente de retirar o petróleo do mar.

E se nossos candidatos tivessem que fazer alguma coisa parecida? Ou melhor: se eles tivessem que usar a criatividade, as idéias, ao invés de investir apenas na imagem, e encontrar soluções para problemas reais da população?

Concorrência Aberta

O TSE disponibilizaria um briefing para todos os candidatos, com a situação de momento no país. Os candidatos deveriam apresentar propostas em diversas categorias: saúde, educação, transporte, etc.

Essas propostas seriam documentos, precisando então conter valores finais e acertados com possíveis parceiros (construtoras, empresas, etc.).

Ganha a concorrência, ou melhor, a eleição aquele candidato com mais votos para suas idéias.

Será que assim não ficaria mais fácil comparar um candidato com o outro? Será que assim as campanhas não ficariam mais objetivas? Será que assim não ficaria mais fácil cobrar aqueles que nós elegemos? Eu acho que sim.


Será que, dessa forma, o nosso eleito Tiririca ganharia até prêmios no Festival de Cannes?

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